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quinta-feira, 29 de julho de 2010

Tudo em mim

Luzes e fumaça, teoria e prática, desejo e raiva
Solidão e loucura/Casa e rua
Não, isso não é um poema...
palavras randômicas procurando sentido, não em mim.....em você.
Veneno, vermelho, batom e unhas
piedade, sabor , perdão
frio, vento, tosse
calor, suor e cheiro.

Lugar, lar, lá
Vida, aqui, já!

Respiração,calma e sofá
Pulmão, ânsia, rua.

Sem desculpas, sem piedade, sem culpa...

sábado, 17 de julho de 2010

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Pele

“Se nas entranhas riqueza desejar teu ânimo,
assim faze: trabalho sobre trabalho trabalha.”

Os Trabalhos e os Dias
Hesíodo

Sempre desconfiei na concepção comum que quem muito diz pouco tem a dizer, ou ainda sua necessária consequência que escutar é a postura mais sábia, pois, essa sabedoria ignora o falar consigo,e por pouco que sei ,existem muitas formas de dizer.Nesses vinte e poucos anos a subjetividade ,o dizer a si mesmo, tem sido realizada em janelas de ônibus, na velocidade ditada por marchas mecânicas. O tempo não é mais meu, ele foi tomado à força pela necessidade de vida. A jovialidade - em sentido nietzschiano- , a imprevisibilidade, cedeu lugar ao pragmático, a literatura foi sufocada pela técnica.
 
A energia guardada em horas de concentração....  mal sabe as instituições que minha pele exala dança, suor e música.Que as marcas de minhas costas é o grito de um animal preso por convenção..ai, mal sabem o que é viver para torna-se, forma-se pela contigência de uma nota dissonante... mal sei eu que minha mão é o espelho perfeito, meu termômetro, meu oráculo pessoal.Portanto o que faço eu aqui nessa cadeira de madeira morta? Faço o tempo rir de mim enquanto escuto elogios de minha falsa saúde e sobriedade.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Então...



Afinal de que vale este cançasso


o inchaço

e a ânsia?



De que falamos quando perdemos tempo?

Em que tempos estamos quando apenas somos?

Que dia te vejo, qual hora te enxergo?

Quantos minutos tenho quando volto para dentro?



Afinal de que vale correr para depois me calar

e parar

e gritar?



O que fazemos quando acaba a graça?

O que desejamos quando não há liberdade?

Fazer um mosaico do que sobrou dos cacos?

Riscar mais um traço,
Ou bordar novos laços?