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terça-feira, 29 de junho de 2010

Meu amigo



Meu amigo,



Sei o que tu fazes quando dá passos largos para disfarçar a perna torta,


Quando cria ídolos para justificar ser médio,
Quando faz grandes planos para explicar a falha,
Quando ama menos para não desconcerta-se diante a perda,
Quando se auto ridiculariza para não ser posto à prova,
Quando choras para não explicar os erros.
Quando ri de si mesmo para justificar o riso do outro.


Sei o que fazes porque exala humanidade, pobre de nós, coagidos a maximizar nossas mentes enquanto condenamos nosso corpo pelo seu pecado de não ser eterno e perfeito.

Os púlpitos para a transcendência são degraus para a trágica busca pela ordem, a perfeição é a melhor criação humana.


Segure minha mão que te acompanho nesse desequilíbrio, nesse constrangimento social.Também sou projeto de mim, por vezes anacrônico, por vezes quimera. Quem não constroe a si não se envergonha e quem não se envergonha não é humano.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Sobre cavalos não selados

Ela vem viril ,sinto cada músculo retorcido e esticado na cavalgada de sua força. Forte como tudo que é natural. Devia domesticá-la, não aceitar que ela me leve às palavras impensadas, às ofenças gratuitas e aos socos na parede .Um processo endógeno agressivo , um câncer que corrói minhas horas e meus dentes, uma doença crônica.Uma parte de mim, meu pecado capital. Enfrento a  ira com a própria ira, então ela vence novamente, plácida por hipocrisia, complacente por sobrevivência...

4, 3, 2, 1...

Depois de um longo tempo sem escrever notei que a palavra não dita nos imudece mais que o pensamento não pensado.É um calar-se vonlutário, um auto punir-se , não torna-se verbo contentando-se apenas  em ser carne. Não gosto de justificativas para a realização de ações, elas deveriam apenas ser, para além de qualquer razão, mas um mal moderno recoa em nossos tempos e a explicação- que nada mais é do que achar razões- me leva a dizer que esta apresentação é necessária.
Escreverei aqui para me despir com toda verdade que puder, não sou poeta, não sou cronista, a única coisa que sei é que sou das palavras, elas construiram tudo que sou, porque eu também sou discurso, é nele que me reconheço.
Desculpe leitor os erros gramaticais, as palavras mal colocadas , talvez um certo narcisimo e claro tantos assuntos que por vezes parecem obsoletos, mal analisados e irrelevantes,aqui é apenas mais um lugar, sou só mais uma porta voz das sensações, ouça me se achar que lhe faz bem

Abraços
Chris