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terça-feira, 29 de junho de 2010

Meu amigo



Meu amigo,



Sei o que tu fazes quando dá passos largos para disfarçar a perna torta,


Quando cria ídolos para justificar ser médio,
Quando faz grandes planos para explicar a falha,
Quando ama menos para não desconcerta-se diante a perda,
Quando se auto ridiculariza para não ser posto à prova,
Quando choras para não explicar os erros.
Quando ri de si mesmo para justificar o riso do outro.


Sei o que fazes porque exala humanidade, pobre de nós, coagidos a maximizar nossas mentes enquanto condenamos nosso corpo pelo seu pecado de não ser eterno e perfeito.

Os púlpitos para a transcendência são degraus para a trágica busca pela ordem, a perfeição é a melhor criação humana.


Segure minha mão que te acompanho nesse desequilíbrio, nesse constrangimento social.Também sou projeto de mim, por vezes anacrônico, por vezes quimera. Quem não constroe a si não se envergonha e quem não se envergonha não é humano.

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