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sábado, 23 de outubro de 2010

Pessoal

Todas as certezas que foram construídas nestes últimos anos não foram reiteradas hoje. Você não tinha um revólver, muito menos as balas. Eu estava enganada, quem atirou em mim foi meu espelho convicto, minha certeza. Foi você que me salvou naquele campo, e eu tinha a certeza que você que tinha me ferido.


Por algum motivo os médicos não conseguiram retirar as ligas de chumbo. Havia também, além da liga, um líquido que espalhou pelo sangue, uma espécie de veneno que corrompeu as idéias e a alma. E pensar que desde o início era eu....

Desculpe se me feri desde o começo, mas ainda é minha alma e ela está contaminada, me infectei de uma doença crônica cuja imaginação produziu os piores delírios.... Infelizmente o conhecimento da doença não traz a cura, e tive que me afastar porque os delírios voltam a cada minuto na sua presença . Não parece justo, nem para mim.

2 comentários:

  1. Não parece justo com ninguém. Mas somos fielmente seguidores de amarguras.

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  2. Amargura é a lembrança envenenada,o que está corrompido aí é a própria construção.. prefiro acreditar na transfiguração. Obrigado pelo comentário minha querida :).

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